O filme Godzilla (Gojira no original) de 1954, é considerado o primeiro filme Kaiju (no japonês significa monstro gigante), um monstro reptiliano anfíbio baseado no conceito de um dinossauro com uma postura ereta em pé, pele escamosa, um torso antropomórfico com braços musculosos, placas ósseas lobadas ao longo de seu dorso e cauda, criado através de testes de armas nucleares, como uma metáfora refletindo os temores do Japão do pós-guerra após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. O diretor de arte Akira Watanabe combinou atributos de um T-Rex, um Iguanodonte, um Estegossauro e um Crocodilo para formar uma espécie de quimera combinada, inspirada em ilustrações de uma edição da revista Life. Para enfatizar a relação do monstro com a bomba atômica, sua textura de pele foi inspirada nas cicatrizes de queloide vistas em sobreviventes em Hiroshima. Godzilla tornou-se um ícone da cultura pop mundial, aparecendo em várias mídias, incluindo 32 filmes produzidos pela Toho, quatro filmes norte-americanos de Hollywood, vários videogames, romances, HQs e séries animadas para TV. Godzilla é uma criação do produtor Tomoyuki Tanaka, do diretor Ishiro Honda, do mago dos efeitos Eiji Tsuburaya que mais tarde viria a ser o pai da família Ultraman e do compositor Akira Ifukube (os rugidos de Godzilla, sua marca registrada, foram feitos por Akira Ifukube tocando um contrabaixo com um objeto de borracha). Esta versão do amado monstro é baseada em sua aparição em Godzilla Singular Point (Godzilla Ponto Singular), uma série em anime japonesa coproduzida pelos estúdios de Bones e Orange, dirigida por Atsushi Takahashi e licenciada pela Netflix.